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O Que é Lowsumerism e Como ele Afeta a Experiência de Compra e o Bem-estar dos Consumidores

  • Foto do escritor: BADDU
    BADDU
  • 18 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura


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Em uma era em que muito se fala sobre sustentabilidade e consumo consciente, nasce um novo conceito: Lowsumerism.


Tem se debatido muito sobre o ato de consumir e como as empresas são responsáveis pelo desejo que causam aos seus clientes. Por isso, não é de se surpreender que o mercado, nos próximos anos, irá para o lado oposto, de um consumo mais responsável em todas as frentes.

Neste post, vamos debater um pouco mais sobre cultura do consumo e Lowsumerism.


O que é Lowsumerism?


Se essa palavra parece esquisita para você, é porque o conceito é novo e pouco disseminado. No entanto, a proposta do Lowsumerism é interessante e vale ser conhecida.


O foco desse termo é propor um consumo responsável, adquirindo somente o necessário e somente após as pessoas confirmarem que não há mais possibilidade de trocar ou consertar determinado produto. Ou seja, a ideia é de que o Lowsumerism vem para mudar o comportamento do consumidor, implementando esse princípio no cotidiano de quem compra e vende.


O conceito, portanto, é importante porque propõe que o consumo desenfreado seja interrompido.


Entendendo o consumo


Uma pessoa que consome não significa que seja uma pessoa consumista. De forma geral, o consumo vem de um contexto histórico e cultural. Uma empresa produz algo de interesse do público consumidor, a publicidade mostra esse produto para quem precisa, essa pessoa compra e o ciclo continua.


O modo tradicional de consumo como conhecemos surgiu em torno do século XVI. Na época, no entanto, o status social é que determinava o consumo das pessoas - por exemplo, o que cada pessoa poderia comprar dependia do seu status social - e não a escolha própria, como acontece hoje.


O modo tradicional de consumo como conhecemos surgiu em torno do século XVI. Na época, no entanto, o status social é que determinava o consumo das pessoas - por exemplo, o que cada pessoa poderia comprar dependia do seu status social - e não a escolha própria, como acontece hoje.


Outra diferença da época é que não havia meios de comunicação estabelecidos como temos atualmente. Ou seja, o apelo publicitário era outro, sendo a propaganda feita principalmente através do boca a boca.


Com a formação da classe burguesa e, logo em seguida, a Primeira Revolução Industrial, o comércio mudou de formato e começou a possuir algo que existe até hoje: o consumo de moda. Basicamente, escolher produtos porque estão em alta e são tendência. Foi assim que começou, também, a forma de consumo como distinção individual.


Então, a publicidade virou item constante em jornais, rádios e televisões, posteriormente sendo cada vez mais presente na internet. Com o tempo, as marcas perceberam a oportunidade de atingir muitas pessoas no mesmo instante. No entanto, como tudo, o modo de fazer propaganda foi mudando e transformando a publicidade em uma forma de criar desejo, não apenas informar sobre a existência do produto.


Agora fica o questionamento: seria a publicidade e o marketing os grandes vilões do consumismo?


Cultura de Lowsumerism


A partir de todo o desenvolvimento do consumo ao longo dos anos, percebemos como a publicidade afeta a vontade de consumir das pessoas. Inegavelmente, quanto mais somos atingidos pelo marketing, mais temos vontade de comprar.


E foi assim que surgiu o conceito de uma cultura de Lowsumerism, pois ficou claro os malefícios ocasionados pelo consumo desenfreado. Com a frequente preocupação com os impactos negativos do consumo sem consciência no bem estar das pessoas e no meio ambiente, surgiu uma cultura do cuidado, ou uma cultura de Lowsumerism.


A principal ideia é promover uma discussão sobre a compulsão por compras e acumular excessos, partindo do princípio que as pessoas precisam de um ótimo autoconhecimento para se libertarem das amarras da forma como vivemos hoje. Acredita-se que a mudança coletiva só acontecerá quando houverem mudanças individuais significativas.


Já estamos vendo movimentos que abordam o consumo responsável crescendo cada vez mais. O que esses movimentos passam é que precisamos perceber que fomos liberados para consumir sem consciência durante muito tempo e agora precisamos mudar nossos comportamentos consumistas para colhermos frutos melhores no futuro.


Não apenas os consumidores precisam mudar a forma de comprar, mas profissionais da comunicação precisam repensar a maneira como estão fazendo o marketing. Talvez, com a ajuda da imprensa e agências de comunicação, a gente consiga mudar a forma de produção das empresas e disseminar essa ideia de cultura do cuidado e cadeia de consumo consciente.

Aliás, Lowsumerism não é sinônimo de parar de comprar e consumir, mas sim perceber esses desejos e reduzir os excessos. É propor uma reflexão sobre o que você compra e porque compra. É investir, talvez, em tentar consertar mais, trocar mais, ao invés de produzir mais coisas novas.


E nós podemos começar com nós mesmos, fazendo o que podemos para mudar nossa realidade. Um pouco de cada vez.

Você conhecia o termo Lowsumerism? O que achou dessa proposta? Conte para a gente suas próprias experiências com o consumo.


 
 
 
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